A ONU (Organização das Nações Unidas) cobrou do governo brasileiro nesta quinta-feira uma meta clara de corte das emissões dos gases-estufa, informa reportagem de Roberto Dias, de Barcelona, para a Folha.Através de seu principal diplomata para questões de clima, Yvo de Boer, a ONU pediu também que o país apresente o número antes da conferência do clima, no mês de dezembro, em Copenhague. A cobrança ocorre dois dias após o Brasil sinalizar que pode não apresentar um compromisso de redução para a conferência. Para De Boer, a estratégia brasileira de mudança climática já pode ser quantificada. O único consenso no governo até o momento é em reduzir o desmatamento na Amazônia em 80% até 2020. Já há estudos feitos sobre como atingir a meta sem afetar o crescimento do país, mas o governo continua dividido. Para a Indústria, o Brasil deveria definir metas para a redução da emissão de gases de efeito estufa só após a reunião da Conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague, marcada para dezembro. "A meta não é fundamental para Copenhague, a meta é fundamental para depois. Quando entrar em um jogo que eu sei qual são as regras, aí eu tenho que traçar meus objetivos. Nossa estratégia em relação ao clima, ela não termina em Copenhague, ela começa lá", afirmou o diretor-executivo da CNI (Confederação Nacional da Indústria), José Augusto Fernandes, nesta quinta-feira (5).

O que está claro para nós ambientalistas é a interferência das grandes empresas na formulação das metas de cortes do programa de redução das emissões de gases do efeito estufa brasileiro. A situação é preocupante com a proximidade da reunião de Copenhague, a idéia de o Brasil não apresentar suas metas para a próxima reunião é absurda e pode acarretar em diversos fatores negativos, como por exemplo o recuo das outras Nações perante a assinatura de um novo tratado.
A ministra Dilma Roussef já sinalizou que a meta de redução do desmatamento deve ficar em 80% , o que já significa uma perda muito grande com relação aos 100% que o Greenpeace sinalizava como ideal.
O próximos capítulos dessa novela prometem boas discussões, não podemos ficar apenas de braços cruzados, temos que ir as ruas e lutar pelo que é nosso que um diria serão de nossos filhos! Seja um cidadão consciente, exija o cumprimento dos seus direitos.

Por: Leonardos Matos
Fonte: Folha Online