domingo, 28 de março de 2010

Quem Sou Eu




Por Thiago José
Cidadão como outro qualquer, percebo a real importância de estar presente na luta por um mundo mais justo e socialmente responsável. Engajado e participante sou também consciente, doo meu tempo, trabalho e talento. Não poupo esforços como resposta a uma inquietação interior que me leva à luta, por comprometimento com uma causa. O Aurélio me define como aquele que procede espontaneamente. Ao contrário do que pareço, exerco meu trabalho de forma séria, minha ação é duradoura e de qualidade. Não cobro nada em troca dos meus serviços, pois sou responsável socialmente e acima de tudo me sinto livre no que faço. Minha função não é tapar buracos e sim compensar carências. Minha ação contribui para melhorar nossa qualidade de vida. Uso minha aptidões, decido quanto de meu tempo dedico para cada atividade, seja ela ocasional ou rotineira. O importante é o compromisso que assumo com aquilo que posso cumprir.

Sou Voluntário!

O grupo de voluntários do Greenpeace em Salvador saúda os seus mais novos integrantes, selecionados no último dia 27.

São eles:

Alan Oliveira
Camila Luz
Camila Peixoto
Hayna Santos
Jéssica de Almeida
Júlia Rossatti
Leidiane dos Santos
Leonardo Lucas dos Santos
Luciana Coelho
Maria Bernadete Magalhães
Mateus Tavares
Rafael Marques
Raisa Muniz
Ricardo Barros
Rose Daniele Souza
Uenderson da Paixão
Valma Lima
Vanderlei
Victor Figueredo
Viriato Sampaio

quarta-feira, 24 de março de 2010

Momento de Mudanças - Entrevista com Maria Cláudia Kohler

Por Thiago José

Este mês os voluntas brasileiros foram surpreendidos com a notícia da saída de Maria Cláudia Kohler, Coordenadora de Voluntários do GP Brasil. MC, como é conhecida, coordenou os voluntários brasileiros por cerca três anos. Neste tempo em que ficou a frente do voluntariado no Greenpeace, ela foi responsável pela reestruturação dos grupos locais, propôs e participou de mudanças significativas, como a elaboração da política de voluntários da organização, com maior integração e envolvimento, conseguindo desta forma consolidar nosso trabalho. Trouxe mais força para os grupos e conseguiu reconhecimento pelo esforço e dedicação que empenhamos em nossas atividades.

MC fincou em SSA um exemplo de liderança, exercida com base no respeito e na busca de ideais comuns. Desejamos a ela sucesso na realização de seus projetos pessoais e profissionais. Os voluntas de Salvador se sentem órfãos de um membro importante para a organização.

Ao Pedro Torres, novo coordenador de voluntários, damos as boas vindas. A expectativa é de uma parceria ímpar, com a concretização do que já foi proposto pela gestão anterior e realização de novos projetos.

Maria Cláudia Kohler nos contou um pouco sobre o tempo em que esteve à frente do voluntariado no Greenpeace nesta entrevista.

GreenpeaceSSA Como você encarou o desafiou de assumir a coordenação do GP Brasil?
Maria Cláudia Kohler Cheguei no Greenpeace há três anos, em um momento de mudanças e questionamentos na minha vida, onde queria muito voltar a fazer coisas práticas, de vê-las de fato acontecer. Esse tempo passou rápido demais! Além de desafiante, foi sem dúvida uma experiência bastante gratificante. Minha vontade, naquele momento da minha vida, era de voltar a atuar em ONG, pois já havia trabalho nos demais setores – governo e empresa. Fui, entre outras coisas, professora por 12 anos e sentia que estava na hora de retornar ao movimento ambientalista ativamente, como já havia participado antes.

Ao ingressar no Green, por convite do Marcelo Furtado e do Frank, fui muitíssimo bem recebida por todos do escritório. Como já conhecia o pessoal, pois havia trabalho com Marcelo Marquesini para a CBD em 2006, no programa Kids for Forests, foi mais fácil.
Como sempre digo, o Greenpeace é muito legal de trabalhar, mas muito difícil também. Descobrir o caminho das pedras e por onde elas rolam, pode ser um trabalho árduo, sofrido e lento. Mas muitos ajudaram como Gui Leonardi, Mada, Rebs, Gabi, Tica, MM, Agnaldo, Carol, Edu, Fabiano, Dri Imparato e voluntários mais antigos, como Tânia, Rosi e outros.

GpSSA O que mais te motivou a seguir em frente diante das adversidades encontradas na organização?
McKohler Quando entrei, os sete grupos de voluntários estavam desestruturados e desarticulados já há alguns meses, com a doença e posterior morte do Emilio, que foi quem criou os grupos de voluntários. Ele era uma pessoa muito querida por todos e foi um impacto a perda dele. Os grupos estavam devagar, desmotivados e perdidos.

Acreditar é palavra de ordem para quem é ambientalista. Apesar da dificuldade e dos processo complexo, sempre acreditei na idéia do Greenpeace e que eu poderia contribuir de alguma maneira.

O time que encontrei era muito bom e isso tudo me motivou muito. Além de ser um trabalho desafiante e apaixonante! E também tinha o apoio da diretoria, o que era importante e muito bom. Foi um momento importante para consolidar os grupos. Espero que não desmontem este processo.

GpSSA Pra você, que já trabalhou com governo e empresa privada, o que faz o trabalho em uma Organização Não Governamental ser diferente?
McKohler Acho que o profissionalismo deve estar presente em qualquer espaço. Mas em ONG tem uma variante que é o compromisso. Não é o salário que te motiva, mas o desafio. Quem trabalha no terceiro setor tem um comprometimento diferente, acho eu. Você precisa estar envolvido com a causa. Acho que isso que é o grande desafio!

GpSSA Após três anos de Greenpeace qual o balanço que você faz sobre o voluntariado na organização e os novos desafios assumidos a partir de agora pelo novo coordenador?
McKohler Elaboramos a política de voluntários da organização, reescrevemos o lendário e polêmico manual de voluntário, estabelecemos a linha de comunicação dos coordenadores dos grupos de voluntários com o GP Brasil implementamos o calendário anual dos grupos, com reuniões mensais dos grupos e uma atividade por mês por cidade, envolvemos mais as campanhas nos grupos, integramos time de ação com voluntário, aumentando o número de ativistas, quebramos panelas e derrubamos pré-conceitos, integramos a reunião anual de coordenadores locais com os supervisores de DD – Diálogo Direto, inserimos VOLUNTÀRIO no planejamento da organização, inserimos uma coluna de voluntariado na revista do GP Brasil, fizemos a pesquisa sobre o perfil do voluntário, inserimos palestras e atividades em escolas nas atividades dos grupos e construímos a agenda comum entre Voluntário e DD. O desafio agora é continuar, manter este trabalho, e agregar ingredientes diferentes.

GpSSA Qual o retorno que teve do seu trabalho junto aos voluntários do GP Brasil?
McKohler Fiz muito amigos verdadeiros, aprendi MUITO com vocês! Podem ter certeza que aprendi muito mais com cada um de vocês do que vocês comigo. Verdade! Atitudes valem mais que o discurso teórico de alguns. Falar só bonito não basta para mudar. Me tornei, com certeza, um ser humano muito melhor após estes três anos, graças ao aprendizado que obtive com cada um de vocês.
Até hoje, em todos os lugares onde trabalhei, deixei amigos e a porta sempre ficou aberta para voltar. Assim será com o Greenpeace!

GpSSA Acredita ter deixado algum “legado” para os voluntários brasileiros?
McKohler Acho que “legado” é forte. Talvez o legado tenha sido do Emilio, que iniciou isso tudo e acabou deixando a saúde de lado por se dedicar tanto. Todo mundo deixa uma marca, cada um deixa a sua, né? Deixei uma positiva, creio eu. E isso dá a sensação de dever cumprido, missão realizada. Claro que poderia ter feito mais, sim, sempre! Mas tiveram também questões estruturais e de orçamento limitado. Faz parte! De maneira geral, o saldo foi positivo, atendemos o que foi proposto.

GpSSA O que esses anos em que esteve à frente da coordenação de voluntários trouxeram para sua vida profissional?
McKohler Aprimorei o trabalho com projetos, apreendi novas ferramentas de trabalho de projeto e de gestão de pessoal, articulei com outras ONG´s nacionais e internacionais, enfim, aprendi a ter mais paciência também.

Vivenciei e confirmei que sem motivação e credibilidade não se coloca voluntário na rua, não se pendura banner, não se coleta 70 mil assinaturas, não se faz Open Boat, não se dá palestra em escolas, não se faz atividades sob sol, chuva ou ventania, não se passa perrengue juntos, não se dorme na delegacia, não se é fichado acha que tudo bem e ainda acha que, mesmo assim, valeu a pena.

Confirmei que sem acreditar no líder do grupo, não se troca a praia pela reunião no final de semana, ou a balada de sexta à noite pelo longo briefing de um campaigner animado para uma importante atividade no dia seguinte.

GpSSA E para sua vida pessoal, esses anos de Greenpeace trouxeram muitas mudanças?
McKohler Olha, foram três anos que me diverti muito e fui muito feliz. Conheci muita gente legal, enfrentamos desafios juntos e também me identificava com os ideais de todos. Mantive minha mente ligada na juventude e isso ajuda a te tornar uma pessoa feliz. Estes anos reforçaram o que eu já acreditava: Sem tesão, não se faz revolução!

GpSSA Você faria algo diferente do que já fez até hoje?
McKohler Hum, acho que não. Eu ainda quero ficar um tempo em uma aldeia indígena e sair velejando pelo mundo. Vontades que tenho e que se concretizarão algum dia!

GpSSA Qual a mensagem que você deixa para aqueles que, assim como você acreditam na mudança, através da atuação, dedicação, companheirismo e sensibilização por uma causa?
McKohler Acreditem sempre que cada um de vocês pode fazer a diferença. Acreditem nos sonhos de vocês, fiquem indignados, reclamem, busquem soluções. Participem. Não desistam, nunca!

Aprendi com vocês como se faz de verdade para termos um planeta melhor, mais solidário e voltado para o bem coletivo, pensando ainda nas próximas gerações. Agradeço muito, pois tenho filhos e quero ter netos também. Isso é único neste mundo individualista e egocêntrico, onde ter é mais que ser.

Obrigada, galera! E até breve. Afinal, os caminhos de quem acredita que um outro mundo é possível sempre acabam se cruzando!

GpSSA Conte um pouco sobre o grupo de Salvador e a suas impressões sobre ele.
McKohler Pra mim, o grupo de SSA foi um bom desafio que deu muito certo. No início pensamos inclusive em fechar o grupo de tão chato e fofoqueiro que era. (rsrs) Depois de muitas reuniões, o grupo foi se ajustando, amadurecendo e o Júlio ganhado minha confiança e mais espaço nas campanhas. Pra mim o grupo de SSA cresceu e se fortaleceu graças ao compromisso, maturidade e empenho do Júlio, que soube cativar as campanhas e buscar espaço dentro da organização.

Lembro de uma vez que tivemos uma reunião domingo as oito da matina, aquele sol; cheguei um pouco atrasada, pois desencontrei da voluntária que ia me buscar no hotel. Ao chegar à reunião, fiquei envergonhada, a sala da universidade estava cheia – mais de 30 voluntas. Fiquei emocionada! E fui tendo cada vez mais respeito por vocês. Vocês construíram este espaço e o coordenador local tem um papel forte nisso.

Hoje enxergo o grupo de SSA como um grupo forte, de bons amigos, responsáveis e capacitados. Vocês são criativos e podem explorar mais ainda isso. Um pouco mais de seriedade também não faz mal nenhum. É importante estimular o respeito entre vocês. Fiz amigos e amigas queridas no grupo e o Júlio, pessoalmente, se tornou um grande amigo!

Tornei-me amiga de muitos voluntários, é claro! Estabelecemos uma relação de confiança, respeito, carinho e muito bem querer. Não dá pra não se envolver. Dividimos tantas coisas. É uma relação de transparência e confiança!

terça-feira, 16 de março de 2010

Homenagem a André




Por Vinícius Brandão

André sempre foi um ser humano fora de série. Como voluntário era exemplar principalmente pelo fato de estar sempre presente nas reuniões e atividades do nosso grupo, mesmo morando em Candeias – BA, cidade que fica a cerca de 55 km de Salvador. Como amigo, não era diferente, onde estava não se via tristeza, apenas as risadas que facilmente fazia surgir das boas e irreverentes conversas que tinha com todos.

Além disso, André era um dos poucos voluntários que podia ser um defensor da natureza durante a maior parte do seu dia, isto porque era um profissional da área de Segurança do Meio Ambiente e trabalhava na Refinaria de Petróleo localizada na mesma cidade em que residia. Sempre que podia levava os materiais das diversas campanhas do Greenpeace para também divulgá-las entre seus colegas de trabalho.

São por esses e por muitos outros motivos que André fará muita falta a todos que tiveram a sorte de conhecer esta grande figura humana.

Vai com Deus, amigo. Aonde quer que esteja, tenho certeza que estará sempre iluminando a todos com muita paz!


Grupo de Voluntários de Salvador.

segunda-feira, 15 de março de 2010

IBM projeta plástico biodegradável à base de vegetais


Pesquisadores da IBM anunciaram nesta terça-feira (9) a descoberta de uma forma de fabricar plástico a partir de plantas para substituir produtos à base de petróleo que prejudicam o ambiente.

A empresa promete a obtenção de um plástico biodegradável fabricado de tal maneira que permita economizar energia, segundo Chandrasekhar "Spike" Narayan, diretor de Ciência e Tecnologia do Centro de Pesquisas da IBM em Almaden, no norte da Califórnia.

Pesquisadores das universidades de Almaden e Stanford ressaltaram que seus resultados anunciavam o início de uma era de sustentabilidade para a indústria do plástico, com "produtos quase eternos que não encherão as lixeiras em todo o mundo".

"Esta descoberta e este novo enfoque por meio do uso de catalisadores orgânicos poderão nos permitir obter moléculas bem definidas e biodegradáveis a partir de fontes renováveis de uma maneira responsável" para com o ambiente, ressaltou a IBM em um comunicado.

A descoberta da "química verde" com "catalisadores orgânicos" permite obter um plástico reciclável várias vezes, em vez de apenas uma, como ocorre com o fabricado por meio do uso de catalisadores de óxido de metal.

Medicina - Esses "plásticos verdes" poderão também servir para aperfeiçoar tratamentos médicos, como o tratamento contra o câncer, destinado a eliminar as células malignas sem afetar as sãs.

"Estamos explorando novas formas de aplicar a tecnologia e nossa perícia em ciências de materiais para criar um sólido futuro sustentável para o ambiente", afirmou o diretor do laboratório de pesquisas, Almaden Cheng.

A IBM trabalha com cientistas na "Cidade saudita para a Ciência e a Tecnologia" de King Abdul Aziz para pôr em prática a descoberta.

"Estamos começando a estudar a variedade de coisas que podemos fazer com isso", ressaltou Narayan.

Os resultados do trabalho foram publicados nesta semana na revista "American Chemical Society's Macromolecules". (Fonte: G1)

terça-feira, 9 de março de 2010

ONG recebe doações de computadores velhos


A cada dia, a indústria da tecnologia apresenta novos computadores cheios de novidades e muita gente não sabe o que fazer com os antigos. Por causa disso, existe uma ONG que conserta e reaproveita computadores velhos. Esta ação tem, inclusive, ajudado na inclusão digital de muitos jovens.

Tudo parece sucata. Computadores antigos, quebrados e sem utilidade são amontoados no Comitê para Democratização da Informática, no bairro do Imbuí.

A instituição criada há 12 anos recolhe equipamentos doados por empresas e pela comunidade e, assim, evita que eles sejam jogados no lixo. ‘Esse é um problema que a gente tem plena condição de transformar numa oportunidade excelente de inclusão social, com geração de trabalho e renda', afirma o coordenador do comitê Isaac Oliveira.

Os equipamentos ganham peças novas e são doados a 20 projetos sociais mantidos pelo Comitê. Por ano, 1.100 jovens de baixa renda são beneficiados e encontram nos velhos computadores a oportunidade para uma vida melhor.

Numa escola no Bairro da Paz, 12 turmas têm aula de informática de graça duas vezes por semana. Os alunos têm noções básicas de informática, manutenção de rede, de microcomputadores e também webdesign. Uma porta que se abre para o mercado de trabalho.

Doações - Se você tem um computador velho e não sabe o que fazer com ele, doe para o Comitê de Democratização da Informática. O primeiro passo é ligar para os telefones (71)3473-3131 / (71) 3473-3333.

FONTE: ibahia.com

terça-feira, 2 de março de 2010

Proteger baleias combate efeito estufa, dizem cientistas


Cientistas dos Estados Unidos disseram que proteger as baleias pode evitar que milhões de toneladas de gás carbônico acabem indo parar na atmosfera - algo que intensifica o efeito estufa.

Segundo os estudiosos da Universidade do Maine, um século de caça às baleias no mundo pode ter liberado para a atmosfera mais de 100 milhões de toneladas de gás carbônico.

As baleias estocam este gás em seus corpos gigantescos e, quando são mortas, grande parte da substância pode ser liberada.

Para o cientista Andrew Pershing, que calculou a estimativa, baleias são as "florestas do oceano" e protegê-las pode ter impacto semelhante ao de programas de reflorestamento.

"Baleias, como qualquer animal ou planta do planeta, são feitas de muito carbono. E quando você mata e remove uma baleia do oceano, está removendo gás carbônico deste sistema de estocagem e possivelmente enviando para a atmosfera", disse.

Lâmpadas - Pershing destaca que, principalmente no início da caça à baleia, os animais eram fonte de óleo para lâmpadas, que era queimado e liberava o gás carbônico diretamente na atmosfera.

Para conseguir chegar à estimativa de emissões causadas pela caça à baleia, o cientista e sua equipe do Instituto de Pesquisas do Golfo do Maine calcularam a capacidade anual de estocagem de gás carbônico dos cetáceos, enquanto elas cresciam.

Em seus cálculos iniciais, a equipe estimou que cem anos de caça liberou uma quantidade de gás carbônico equivalente à queima de 130 mil quilômetros quadrados de florestas temperadas.

Pershing destacou que esta quantidade ainda é relativamente pequena quando comparada aos bilhões de toneladas de gás carbônico produzidas pela atividade humana a cada ano.

Programa de reflorestamento - Pershing acrescentou que simplesmente deixar grandes grupos de baleias crescerem, pode "sequestrar" o gás de efeito estufa em quantidades que podem ser comparadas às de alguns programas de reflorestamento que ganham e vendem créditos de carbono.

"Quando as baleias morrem (por causas naturais), seus corpos afundam, então elas levam o gás carbônico para o fundo do oceano", disse. "Se o lugar onde elas morrem é fundo o bastante, será estocado fora da atmosfera, talvez por centenas de anos."

O cientista sugeriu ainda que um sistema parecido de créditos de carbono pode ser aplicado a baleias para proteger e aumentar os números destas populações.

"Você poderia usar estes créditos como um incentivo para reduzir a pesca ou promover a conservação de algumas destas espécies", acrescentou, afirmando que a ideia dos créditos de carbono pode ser aplicada também a outros animais marinhos como tubarões brancos e atum.

Os pesquisadores da Universidade do Maine revelaram suas estimativas de liberação de carbono pela caça às baleias na reunião Ciências do Oceano, em Portland, Estados Unidos. (Fonte: Folha Online)




domingo, 28 de março de 2010




Por Thiago José
Cidadão como outro qualquer, percebo a real importância de estar presente na luta por um mundo mais justo e socialmente responsável. Engajado e participante sou também consciente, doo meu tempo, trabalho e talento. Não poupo esforços como resposta a uma inquietação interior que me leva à luta, por comprometimento com uma causa. O Aurélio me define como aquele que procede espontaneamente. Ao contrário do que pareço, exerco meu trabalho de forma séria, minha ação é duradoura e de qualidade. Não cobro nada em troca dos meus serviços, pois sou responsável socialmente e acima de tudo me sinto livre no que faço. Minha função não é tapar buracos e sim compensar carências. Minha ação contribui para melhorar nossa qualidade de vida. Uso minha aptidões, decido quanto de meu tempo dedico para cada atividade, seja ela ocasional ou rotineira. O importante é o compromisso que assumo com aquilo que posso cumprir.

Sou Voluntário!

O grupo de voluntários do Greenpeace em Salvador saúda os seus mais novos integrantes, selecionados no último dia 27.

São eles:

Alan Oliveira
Camila Luz
Camila Peixoto
Hayna Santos
Jéssica de Almeida
Júlia Rossatti
Leidiane dos Santos
Leonardo Lucas dos Santos
Luciana Coelho
Maria Bernadete Magalhães
Mateus Tavares
Rafael Marques
Raisa Muniz
Ricardo Barros
Rose Daniele Souza
Uenderson da Paixão
Valma Lima
Vanderlei
Victor Figueredo
Viriato Sampaio

quarta-feira, 24 de março de 2010

Por Thiago José

Este mês os voluntas brasileiros foram surpreendidos com a notícia da saída de Maria Cláudia Kohler, Coordenadora de Voluntários do GP Brasil. MC, como é conhecida, coordenou os voluntários brasileiros por cerca três anos. Neste tempo em que ficou a frente do voluntariado no Greenpeace, ela foi responsável pela reestruturação dos grupos locais, propôs e participou de mudanças significativas, como a elaboração da política de voluntários da organização, com maior integração e envolvimento, conseguindo desta forma consolidar nosso trabalho. Trouxe mais força para os grupos e conseguiu reconhecimento pelo esforço e dedicação que empenhamos em nossas atividades.

MC fincou em SSA um exemplo de liderança, exercida com base no respeito e na busca de ideais comuns. Desejamos a ela sucesso na realização de seus projetos pessoais e profissionais. Os voluntas de Salvador se sentem órfãos de um membro importante para a organização.

Ao Pedro Torres, novo coordenador de voluntários, damos as boas vindas. A expectativa é de uma parceria ímpar, com a concretização do que já foi proposto pela gestão anterior e realização de novos projetos.

Maria Cláudia Kohler nos contou um pouco sobre o tempo em que esteve à frente do voluntariado no Greenpeace nesta entrevista.

GreenpeaceSSA Como você encarou o desafiou de assumir a coordenação do GP Brasil?
Maria Cláudia Kohler Cheguei no Greenpeace há três anos, em um momento de mudanças e questionamentos na minha vida, onde queria muito voltar a fazer coisas práticas, de vê-las de fato acontecer. Esse tempo passou rápido demais! Além de desafiante, foi sem dúvida uma experiência bastante gratificante. Minha vontade, naquele momento da minha vida, era de voltar a atuar em ONG, pois já havia trabalho nos demais setores – governo e empresa. Fui, entre outras coisas, professora por 12 anos e sentia que estava na hora de retornar ao movimento ambientalista ativamente, como já havia participado antes.

Ao ingressar no Green, por convite do Marcelo Furtado e do Frank, fui muitíssimo bem recebida por todos do escritório. Como já conhecia o pessoal, pois havia trabalho com Marcelo Marquesini para a CBD em 2006, no programa Kids for Forests, foi mais fácil.
Como sempre digo, o Greenpeace é muito legal de trabalhar, mas muito difícil também. Descobrir o caminho das pedras e por onde elas rolam, pode ser um trabalho árduo, sofrido e lento. Mas muitos ajudaram como Gui Leonardi, Mada, Rebs, Gabi, Tica, MM, Agnaldo, Carol, Edu, Fabiano, Dri Imparato e voluntários mais antigos, como Tânia, Rosi e outros.

GpSSA O que mais te motivou a seguir em frente diante das adversidades encontradas na organização?
McKohler Quando entrei, os sete grupos de voluntários estavam desestruturados e desarticulados já há alguns meses, com a doença e posterior morte do Emilio, que foi quem criou os grupos de voluntários. Ele era uma pessoa muito querida por todos e foi um impacto a perda dele. Os grupos estavam devagar, desmotivados e perdidos.

Acreditar é palavra de ordem para quem é ambientalista. Apesar da dificuldade e dos processo complexo, sempre acreditei na idéia do Greenpeace e que eu poderia contribuir de alguma maneira.

O time que encontrei era muito bom e isso tudo me motivou muito. Além de ser um trabalho desafiante e apaixonante! E também tinha o apoio da diretoria, o que era importante e muito bom. Foi um momento importante para consolidar os grupos. Espero que não desmontem este processo.

GpSSA Pra você, que já trabalhou com governo e empresa privada, o que faz o trabalho em uma Organização Não Governamental ser diferente?
McKohler Acho que o profissionalismo deve estar presente em qualquer espaço. Mas em ONG tem uma variante que é o compromisso. Não é o salário que te motiva, mas o desafio. Quem trabalha no terceiro setor tem um comprometimento diferente, acho eu. Você precisa estar envolvido com a causa. Acho que isso que é o grande desafio!

GpSSA Após três anos de Greenpeace qual o balanço que você faz sobre o voluntariado na organização e os novos desafios assumidos a partir de agora pelo novo coordenador?
McKohler Elaboramos a política de voluntários da organização, reescrevemos o lendário e polêmico manual de voluntário, estabelecemos a linha de comunicação dos coordenadores dos grupos de voluntários com o GP Brasil implementamos o calendário anual dos grupos, com reuniões mensais dos grupos e uma atividade por mês por cidade, envolvemos mais as campanhas nos grupos, integramos time de ação com voluntário, aumentando o número de ativistas, quebramos panelas e derrubamos pré-conceitos, integramos a reunião anual de coordenadores locais com os supervisores de DD – Diálogo Direto, inserimos VOLUNTÀRIO no planejamento da organização, inserimos uma coluna de voluntariado na revista do GP Brasil, fizemos a pesquisa sobre o perfil do voluntário, inserimos palestras e atividades em escolas nas atividades dos grupos e construímos a agenda comum entre Voluntário e DD. O desafio agora é continuar, manter este trabalho, e agregar ingredientes diferentes.

GpSSA Qual o retorno que teve do seu trabalho junto aos voluntários do GP Brasil?
McKohler Fiz muito amigos verdadeiros, aprendi MUITO com vocês! Podem ter certeza que aprendi muito mais com cada um de vocês do que vocês comigo. Verdade! Atitudes valem mais que o discurso teórico de alguns. Falar só bonito não basta para mudar. Me tornei, com certeza, um ser humano muito melhor após estes três anos, graças ao aprendizado que obtive com cada um de vocês.
Até hoje, em todos os lugares onde trabalhei, deixei amigos e a porta sempre ficou aberta para voltar. Assim será com o Greenpeace!

GpSSA Acredita ter deixado algum “legado” para os voluntários brasileiros?
McKohler Acho que “legado” é forte. Talvez o legado tenha sido do Emilio, que iniciou isso tudo e acabou deixando a saúde de lado por se dedicar tanto. Todo mundo deixa uma marca, cada um deixa a sua, né? Deixei uma positiva, creio eu. E isso dá a sensação de dever cumprido, missão realizada. Claro que poderia ter feito mais, sim, sempre! Mas tiveram também questões estruturais e de orçamento limitado. Faz parte! De maneira geral, o saldo foi positivo, atendemos o que foi proposto.

GpSSA O que esses anos em que esteve à frente da coordenação de voluntários trouxeram para sua vida profissional?
McKohler Aprimorei o trabalho com projetos, apreendi novas ferramentas de trabalho de projeto e de gestão de pessoal, articulei com outras ONG´s nacionais e internacionais, enfim, aprendi a ter mais paciência também.

Vivenciei e confirmei que sem motivação e credibilidade não se coloca voluntário na rua, não se pendura banner, não se coleta 70 mil assinaturas, não se faz Open Boat, não se dá palestra em escolas, não se faz atividades sob sol, chuva ou ventania, não se passa perrengue juntos, não se dorme na delegacia, não se é fichado acha que tudo bem e ainda acha que, mesmo assim, valeu a pena.

Confirmei que sem acreditar no líder do grupo, não se troca a praia pela reunião no final de semana, ou a balada de sexta à noite pelo longo briefing de um campaigner animado para uma importante atividade no dia seguinte.

GpSSA E para sua vida pessoal, esses anos de Greenpeace trouxeram muitas mudanças?
McKohler Olha, foram três anos que me diverti muito e fui muito feliz. Conheci muita gente legal, enfrentamos desafios juntos e também me identificava com os ideais de todos. Mantive minha mente ligada na juventude e isso ajuda a te tornar uma pessoa feliz. Estes anos reforçaram o que eu já acreditava: Sem tesão, não se faz revolução!

GpSSA Você faria algo diferente do que já fez até hoje?
McKohler Hum, acho que não. Eu ainda quero ficar um tempo em uma aldeia indígena e sair velejando pelo mundo. Vontades que tenho e que se concretizarão algum dia!

GpSSA Qual a mensagem que você deixa para aqueles que, assim como você acreditam na mudança, através da atuação, dedicação, companheirismo e sensibilização por uma causa?
McKohler Acreditem sempre que cada um de vocês pode fazer a diferença. Acreditem nos sonhos de vocês, fiquem indignados, reclamem, busquem soluções. Participem. Não desistam, nunca!

Aprendi com vocês como se faz de verdade para termos um planeta melhor, mais solidário e voltado para o bem coletivo, pensando ainda nas próximas gerações. Agradeço muito, pois tenho filhos e quero ter netos também. Isso é único neste mundo individualista e egocêntrico, onde ter é mais que ser.

Obrigada, galera! E até breve. Afinal, os caminhos de quem acredita que um outro mundo é possível sempre acabam se cruzando!

GpSSA Conte um pouco sobre o grupo de Salvador e a suas impressões sobre ele.
McKohler Pra mim, o grupo de SSA foi um bom desafio que deu muito certo. No início pensamos inclusive em fechar o grupo de tão chato e fofoqueiro que era. (rsrs) Depois de muitas reuniões, o grupo foi se ajustando, amadurecendo e o Júlio ganhado minha confiança e mais espaço nas campanhas. Pra mim o grupo de SSA cresceu e se fortaleceu graças ao compromisso, maturidade e empenho do Júlio, que soube cativar as campanhas e buscar espaço dentro da organização.

Lembro de uma vez que tivemos uma reunião domingo as oito da matina, aquele sol; cheguei um pouco atrasada, pois desencontrei da voluntária que ia me buscar no hotel. Ao chegar à reunião, fiquei envergonhada, a sala da universidade estava cheia – mais de 30 voluntas. Fiquei emocionada! E fui tendo cada vez mais respeito por vocês. Vocês construíram este espaço e o coordenador local tem um papel forte nisso.

Hoje enxergo o grupo de SSA como um grupo forte, de bons amigos, responsáveis e capacitados. Vocês são criativos e podem explorar mais ainda isso. Um pouco mais de seriedade também não faz mal nenhum. É importante estimular o respeito entre vocês. Fiz amigos e amigas queridas no grupo e o Júlio, pessoalmente, se tornou um grande amigo!

Tornei-me amiga de muitos voluntários, é claro! Estabelecemos uma relação de confiança, respeito, carinho e muito bem querer. Não dá pra não se envolver. Dividimos tantas coisas. É uma relação de transparência e confiança!

terça-feira, 16 de março de 2010




Por Vinícius Brandão

André sempre foi um ser humano fora de série. Como voluntário era exemplar principalmente pelo fato de estar sempre presente nas reuniões e atividades do nosso grupo, mesmo morando em Candeias – BA, cidade que fica a cerca de 55 km de Salvador. Como amigo, não era diferente, onde estava não se via tristeza, apenas as risadas que facilmente fazia surgir das boas e irreverentes conversas que tinha com todos.

Além disso, André era um dos poucos voluntários que podia ser um defensor da natureza durante a maior parte do seu dia, isto porque era um profissional da área de Segurança do Meio Ambiente e trabalhava na Refinaria de Petróleo localizada na mesma cidade em que residia. Sempre que podia levava os materiais das diversas campanhas do Greenpeace para também divulgá-las entre seus colegas de trabalho.

São por esses e por muitos outros motivos que André fará muita falta a todos que tiveram a sorte de conhecer esta grande figura humana.

Vai com Deus, amigo. Aonde quer que esteja, tenho certeza que estará sempre iluminando a todos com muita paz!


Grupo de Voluntários de Salvador.

segunda-feira, 15 de março de 2010


Pesquisadores da IBM anunciaram nesta terça-feira (9) a descoberta de uma forma de fabricar plástico a partir de plantas para substituir produtos à base de petróleo que prejudicam o ambiente.

A empresa promete a obtenção de um plástico biodegradável fabricado de tal maneira que permita economizar energia, segundo Chandrasekhar "Spike" Narayan, diretor de Ciência e Tecnologia do Centro de Pesquisas da IBM em Almaden, no norte da Califórnia.

Pesquisadores das universidades de Almaden e Stanford ressaltaram que seus resultados anunciavam o início de uma era de sustentabilidade para a indústria do plástico, com "produtos quase eternos que não encherão as lixeiras em todo o mundo".

"Esta descoberta e este novo enfoque por meio do uso de catalisadores orgânicos poderão nos permitir obter moléculas bem definidas e biodegradáveis a partir de fontes renováveis de uma maneira responsável" para com o ambiente, ressaltou a IBM em um comunicado.

A descoberta da "química verde" com "catalisadores orgânicos" permite obter um plástico reciclável várias vezes, em vez de apenas uma, como ocorre com o fabricado por meio do uso de catalisadores de óxido de metal.

Medicina - Esses "plásticos verdes" poderão também servir para aperfeiçoar tratamentos médicos, como o tratamento contra o câncer, destinado a eliminar as células malignas sem afetar as sãs.

"Estamos explorando novas formas de aplicar a tecnologia e nossa perícia em ciências de materiais para criar um sólido futuro sustentável para o ambiente", afirmou o diretor do laboratório de pesquisas, Almaden Cheng.

A IBM trabalha com cientistas na "Cidade saudita para a Ciência e a Tecnologia" de King Abdul Aziz para pôr em prática a descoberta.

"Estamos começando a estudar a variedade de coisas que podemos fazer com isso", ressaltou Narayan.

Os resultados do trabalho foram publicados nesta semana na revista "American Chemical Society's Macromolecules". (Fonte: G1)

terça-feira, 9 de março de 2010


A cada dia, a indústria da tecnologia apresenta novos computadores cheios de novidades e muita gente não sabe o que fazer com os antigos. Por causa disso, existe uma ONG que conserta e reaproveita computadores velhos. Esta ação tem, inclusive, ajudado na inclusão digital de muitos jovens.

Tudo parece sucata. Computadores antigos, quebrados e sem utilidade são amontoados no Comitê para Democratização da Informática, no bairro do Imbuí.

A instituição criada há 12 anos recolhe equipamentos doados por empresas e pela comunidade e, assim, evita que eles sejam jogados no lixo. ‘Esse é um problema que a gente tem plena condição de transformar numa oportunidade excelente de inclusão social, com geração de trabalho e renda', afirma o coordenador do comitê Isaac Oliveira.

Os equipamentos ganham peças novas e são doados a 20 projetos sociais mantidos pelo Comitê. Por ano, 1.100 jovens de baixa renda são beneficiados e encontram nos velhos computadores a oportunidade para uma vida melhor.

Numa escola no Bairro da Paz, 12 turmas têm aula de informática de graça duas vezes por semana. Os alunos têm noções básicas de informática, manutenção de rede, de microcomputadores e também webdesign. Uma porta que se abre para o mercado de trabalho.

Doações - Se você tem um computador velho e não sabe o que fazer com ele, doe para o Comitê de Democratização da Informática. O primeiro passo é ligar para os telefones (71)3473-3131 / (71) 3473-3333.

FONTE: ibahia.com

terça-feira, 2 de março de 2010


Cientistas dos Estados Unidos disseram que proteger as baleias pode evitar que milhões de toneladas de gás carbônico acabem indo parar na atmosfera - algo que intensifica o efeito estufa.

Segundo os estudiosos da Universidade do Maine, um século de caça às baleias no mundo pode ter liberado para a atmosfera mais de 100 milhões de toneladas de gás carbônico.

As baleias estocam este gás em seus corpos gigantescos e, quando são mortas, grande parte da substância pode ser liberada.

Para o cientista Andrew Pershing, que calculou a estimativa, baleias são as "florestas do oceano" e protegê-las pode ter impacto semelhante ao de programas de reflorestamento.

"Baleias, como qualquer animal ou planta do planeta, são feitas de muito carbono. E quando você mata e remove uma baleia do oceano, está removendo gás carbônico deste sistema de estocagem e possivelmente enviando para a atmosfera", disse.

Lâmpadas - Pershing destaca que, principalmente no início da caça à baleia, os animais eram fonte de óleo para lâmpadas, que era queimado e liberava o gás carbônico diretamente na atmosfera.

Para conseguir chegar à estimativa de emissões causadas pela caça à baleia, o cientista e sua equipe do Instituto de Pesquisas do Golfo do Maine calcularam a capacidade anual de estocagem de gás carbônico dos cetáceos, enquanto elas cresciam.

Em seus cálculos iniciais, a equipe estimou que cem anos de caça liberou uma quantidade de gás carbônico equivalente à queima de 130 mil quilômetros quadrados de florestas temperadas.

Pershing destacou que esta quantidade ainda é relativamente pequena quando comparada aos bilhões de toneladas de gás carbônico produzidas pela atividade humana a cada ano.

Programa de reflorestamento - Pershing acrescentou que simplesmente deixar grandes grupos de baleias crescerem, pode "sequestrar" o gás de efeito estufa em quantidades que podem ser comparadas às de alguns programas de reflorestamento que ganham e vendem créditos de carbono.

"Quando as baleias morrem (por causas naturais), seus corpos afundam, então elas levam o gás carbônico para o fundo do oceano", disse. "Se o lugar onde elas morrem é fundo o bastante, será estocado fora da atmosfera, talvez por centenas de anos."

O cientista sugeriu ainda que um sistema parecido de créditos de carbono pode ser aplicado a baleias para proteger e aumentar os números destas populações.

"Você poderia usar estes créditos como um incentivo para reduzir a pesca ou promover a conservação de algumas destas espécies", acrescentou, afirmando que a ideia dos créditos de carbono pode ser aplicada também a outros animais marinhos como tubarões brancos e atum.

Os pesquisadores da Universidade do Maine revelaram suas estimativas de liberação de carbono pela caça às baleias na reunião Ciências do Oceano, em Portland, Estados Unidos. (Fonte: Folha Online)