segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Energia Nuclear Não!

Túnel de 500 metros foi aberto na rocha para extração subterrânea de 600 toneladas/ano de urânio

Postado por: Julio César
Uma mina com 1.136 metros de rampa e 19 metros de altura é a nova aposta das Indústrias Nucleares do Brasil (INB) para extração de urânio em Caetité, a 757 km de Salvador. A exploração a céu aberto, como é feita atualmente, durará mais três anos. A nova mina deve entrar em operação em 2011, com investimento de R$ 17, 5 milhões.
Segundo o gerente de produção da INB, Hilton Mantovani Lima, o objetivo é atender ao novo Programa Nuclear Brasileiro (PNB), que demandará, em média, 1.770 toneladas/ ano de urânio. Sete usinas nucleares estão previstas para serem instaladas no País até 2030.
De acordo com o gerente, o aumento do custo para exploração a céu aberto determinou a opção pela operação subterrânea. “No início das atividades, era necessário extrair duas toneladas de estéril para cada uma de minério. Com o aprofundamento da jazida essa relação aumentou, sendo necessário retirar mais de três toneladas de estéril para uma de urânio”, informou.
Com produção anual em torno de 400 toneladas, a única mina de urânio da América Latina deve acrescer a esse volume mais 600 ton/ano, em seis anos de atividade. A produção atual da INB é suficiente para atender às usinas Angra I e II, que geram 2 mil MW (mega watts) de energia elétrica – quase a metade do consumo do Rio de Janeiro ou 7% da eletricidade consumida na Região Sudeste.
Segundo o diretor, as obras foram suspensas até a renovação da licença ambiental pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
A mina começou a ser construída, em outubro de 2008. Na semana passada, após treinamento de segurança, a equipe de A TARDE teve acesso ao local. Tal qual uma gruta visitada por fiéis e peregrinos, a da INB tem uma imagem de Santa Bárbara, padroeira dos mineiros. A semelhança para por aí, pois, no lado oposto, um dispositivo luminoso, com duas lâmpadas indica a movimentação de veículos no local. A luz verde informa que estão adentrando à mina, e a vermelha, a saída.


quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Alô? Presidente?


Por: Thuane Daébs

Faltam 18 dias para a 15° Conferência das Partes e não podemos deixar o nosso presidente esquecer as metas a serem levadas a Copenhague e postas em prática pelo Brasil. Foi para pedir ao presidente Lula que o Greenpeace colocou um “orelhão itinerante” em algumas cidades, inclusive aqui em Salvador, para as pessoas ligarem para o gabinete do Lula e pedirem que ele se comprometa a reduzir a zero o desmatamento na Amazônia, a transformar 25% das nossas energias em renováveis e a proteger pelo menos 30% da nossa costa marinha. Além do gabinete do Presidente da República, disparamos ligações para a embaixada dos Estados Unidos no Brasil, para pedir que o Obama também vá pessoalmente a esta reunião de suma importância para o nosso futuro quanto às questões climáticas. Essa atividade começou dia 16 e se encerra amanhã, dia 19, mas não quer dizer que você só possa ligar até amanhã. A reunião só começa dia 7 de Dezembro, vamos ligar para o presidente até lá e pedir mais comprometimento com as metas.
Se você ainda não ligou, ligue.

Gabinete Pessoal do Presidente da República
Chefe do Gabinete Pessoal: Gilberto Carvalho
(61) 3411-1200 / (61) 3411-1201

Assessoria Especial do Gabinete Pessoal do Presidente
Assessor: Selvino Heck
(61) 3411-2403 / (61) 3411-2182

A mensagem é:
Presidente Lula,
1. Vá para Copenhague salvar o clima!
2. Quero desmatamento zero até 2015.
3. Queremos mais energias renováveis
4. Quero mais proteção dos oceanos.

Postado por Thuane Daébs

sábado, 14 de novembro de 2009

II Semana de Biologia de Barreiras


Por Daniele Miranda e Vinicius Brandão

Estivemos na II Semana de Biologia de Barreiras na última segunda feira. Falamos para mais de 150 ouvintes sobre "O mundo do consumo e o Universo da Conservação". Mostramos como o Greenpeace está inserido no plano de consumo, elaborando guias e relatórios que nos ajudam a discernir sobre empresas que agridem ou não o meio ambiente. Transgênicos, relatório de gado, lista de espécies de peixes ameaçados, dentre outros temas, foram discutidos com os acadêmicos que concordaram que para Salvar o Planeta, também precisamos rever o nosso modo de consumo.

Postado por Thuane Daébs

terça-feira, 10 de novembro de 2009


A ONU (Organização das Nações Unidas) cobrou do governo brasileiro nesta quinta-feira uma meta clara de corte das emissões dos gases-estufa, informa reportagem de Roberto Dias, de Barcelona, para a Folha.Através de seu principal diplomata para questões de clima, Yvo de Boer, a ONU pediu também que o país apresente o número antes da conferência do clima, no mês de dezembro, em Copenhague. A cobrança ocorre dois dias após o Brasil sinalizar que pode não apresentar um compromisso de redução para a conferência. Para De Boer, a estratégia brasileira de mudança climática já pode ser quantificada. O único consenso no governo até o momento é em reduzir o desmatamento na Amazônia em 80% até 2020. Já há estudos feitos sobre como atingir a meta sem afetar o crescimento do país, mas o governo continua dividido. Para a Indústria, o Brasil deveria definir metas para a redução da emissão de gases de efeito estufa só após a reunião da Conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague, marcada para dezembro. "A meta não é fundamental para Copenhague, a meta é fundamental para depois. Quando entrar em um jogo que eu sei qual são as regras, aí eu tenho que traçar meus objetivos. Nossa estratégia em relação ao clima, ela não termina em Copenhague, ela começa lá", afirmou o diretor-executivo da CNI (Confederação Nacional da Indústria), José Augusto Fernandes, nesta quinta-feira (5).

O que está claro para nós ambientalistas é a interferência das grandes empresas na formulação das metas de cortes do programa de redução das emissões de gases do efeito estufa brasileiro. A situação é preocupante com a proximidade da reunião de Copenhague, a idéia de o Brasil não apresentar suas metas para a próxima reunião é absurda e pode acarretar em diversos fatores negativos, como por exemplo o recuo das outras Nações perante a assinatura de um novo tratado.
A ministra Dilma Roussef já sinalizou que a meta de redução do desmatamento deve ficar em 80% , o que já significa uma perda muito grande com relação aos 100% que o Greenpeace sinalizava como ideal.
O próximos capítulos dessa novela prometem boas discussões, não podemos ficar apenas de braços cruzados, temos que ir as ruas e lutar pelo que é nosso que um diria serão de nossos filhos! Seja um cidadão consciente, exija o cumprimento dos seus direitos.

Por: Leonardos Matos
Fonte: Folha Online

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Palestra Escola Municipal da Engomadeira


Por: Elissama Oliveira e Júlio César

Estivemos na Escola Municipal da Engomadeira ontem (05/11) das 19:00 as 21:20 para falarmos um pouco de clima e das demandas do Greenpeace para o meio ambiente. A acessibilidade e a falta de informações a respeito da comunidade, principalmente em relação à segurança, impedem a atuação do grupo em comunidades carentes. Carentes principalmente de informação. Levar as informações da Organização, mostrar o quanto eles estão sendo atingidos e o quanto são responsáveis pelas mudanças climáticas é mais que uma vontade, é um dever.
O caminho pode até ser perigoso, cansativo e complicado, mas a sensação de missão cumprida e de que realmente somos importantes para alguns é mais que suficiente para desconsiderar esses problemas.
Saimos de lá com a certeza de que mudanças aconteceram. Mudanças na postura política, critica e responsável para com o meio ambiente. Saimos de lá com a certeza maior de que somos privilegiados por possuir informações ignoradas por uma grande maioria e que cabe a nós as socializar, tornando possível as ações efetivas, saindo da comodidade das ‘boas intenções’. Sentimo-nos maravilhados em passar informações para mais de 70 pessoas com idades entre 40 e 70 anos, todos com garra e vontade de aprender mais sobre essa questão tão distante para eles que é meio ambiente e ao mesmo tempo essencial para essas pessoas que estão ali para ter mais uma chance de estudar. Era lindo ver os olhares de curiosidade e dúvidas e que realmente aquilo era provocado por nós seres humanos. Infelizmente, muitas informações não chegam a essas pessoas humildes e o nosso papel na sociedade nos leva a conscientizar e mostrar a realidade do nosso país e do nosso planeta.
Parabéns professores da escola Engomadeira e obrigado por ter nos recebido de braços abertos.

Postado por: Júlio César

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Luto


Postado por: Julio César


Hoje, o Greenpeace está em luto pelo sepultamento de mais uma vítima de leucemia - doença que pode ser relacionada à radiação e ingestão de urânio - em Caetité. Dona Dulce, que era professora, ingeriu água do poço onde foi encontrada contaminação por urânio durante anos. Disse ela, na reportagem da Record: “Você sabe que o problema lá (se referindo à INB)” é sério, né? Nós sabemos!”, demonstrando saber da série de problemas e impactos que a mineração de urânio traz para região e principalmente para as comunidades do entorno, onde ela residia.

Dona Dulce teve que buscar tratamento em São Paulo, pois na região não há nenhum suporte para esse tipo de problemas de saúde. Assim como ela, seu Chico, ex-funcionário da INB, também vítima de leucemia, precisa se deslocar até Maceió para poder se tratar. Todo o gasto com deslocamento e medicamentos ficam por sua conta, já que não recebe nenhum auxílio da empresa nem do poder público. Por causa de sua doença, não consegue obter emprego para pagar essas contas, dificultando seu acesso ao tratamento.

O grau de incidência de câncer e doenças relacionadas à radiação em Caetité, segundo relatos locais, é preocupante. O não registro dos enfermos no local, que precisam se tratar em outras áreas, o registro do óbito como causa indeterminada ou como pneumonia, por exemplo, para vítimas de neoplasias, faz com que estudos meramente documentais como realizados pela Fiotec, não consigam trazer-nos uma conclusão abrangente.

Um estudo epidemiológico amplo e independente é uma condicionante do licenciamento da INB, que até hoje funciona sem que esse estudo tenha sido realizado. Água continua sendo consumida sem estudos amplos que comprovem sua qualidade, colocando em risco a vida da população do entorno da mina e o meio ambiente. Quantas famílias mais necessitarão sofrer a perda de um ente querido para que o governo trate essa questão com responsabilidade?


André Amaral.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

França: Nuclear aqui NÃO!


Por Thuane Daébs
Ontem (31/10) acontecia no Palacete das Artes em Salvador a exposição “Auguste Rodin, homem e gênio”, evento dentro da programação “Ano da França no Brasil” e patrocinado pela Areva, estatal francesa que desenvolve os reatores nucleares. Em protesto à energia nuclear e para levar a mensagem “França, nuclear aqui NÃO” nossos voluntários seguraram 6 placas com imagens do acidente em Chernobyl em frente à fila de pessoas que aguardavam para ver a exposição. Apesar de Chernobyl ter sido o maior acidente nuclear já ocorrido, não precisávamos ir tão longe. Em Caetité, cidade a mais de 700 km de Salvador, foi constatada pelo Greenpeace no ano passado a contaminação da água com uma concentração de urânio sete vezes maior que a permitida devido à mineração de urânio pela INB, Indústrias Nucleares do Brasil. Semana passada alguns voluntários daqui de Salvador estiveram lá e puderam ver de perto a realidade da comunidade que vive próxima e exposta à mineração. Não podemos esquecer também que a rota do urânio passa dentro da nossa cidade. Aliás, todo o programa nuclear do Brasil começa aqui na Bahia. Isto não é um privilégio.
Por causa destes e de muitos outros motivos que tornam a energia nuclear inviável, o Greenpeace é contra esta energia suja, cara e perigosa.


Saiba mais...

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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Túnel de 500 metros foi aberto na rocha para extração subterrânea de 600 toneladas/ano de urânio

Postado por: Julio César
Uma mina com 1.136 metros de rampa e 19 metros de altura é a nova aposta das Indústrias Nucleares do Brasil (INB) para extração de urânio em Caetité, a 757 km de Salvador. A exploração a céu aberto, como é feita atualmente, durará mais três anos. A nova mina deve entrar em operação em 2011, com investimento de R$ 17, 5 milhões.
Segundo o gerente de produção da INB, Hilton Mantovani Lima, o objetivo é atender ao novo Programa Nuclear Brasileiro (PNB), que demandará, em média, 1.770 toneladas/ ano de urânio. Sete usinas nucleares estão previstas para serem instaladas no País até 2030.
De acordo com o gerente, o aumento do custo para exploração a céu aberto determinou a opção pela operação subterrânea. “No início das atividades, era necessário extrair duas toneladas de estéril para cada uma de minério. Com o aprofundamento da jazida essa relação aumentou, sendo necessário retirar mais de três toneladas de estéril para uma de urânio”, informou.
Com produção anual em torno de 400 toneladas, a única mina de urânio da América Latina deve acrescer a esse volume mais 600 ton/ano, em seis anos de atividade. A produção atual da INB é suficiente para atender às usinas Angra I e II, que geram 2 mil MW (mega watts) de energia elétrica – quase a metade do consumo do Rio de Janeiro ou 7% da eletricidade consumida na Região Sudeste.
Segundo o diretor, as obras foram suspensas até a renovação da licença ambiental pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
A mina começou a ser construída, em outubro de 2008. Na semana passada, após treinamento de segurança, a equipe de A TARDE teve acesso ao local. Tal qual uma gruta visitada por fiéis e peregrinos, a da INB tem uma imagem de Santa Bárbara, padroeira dos mineiros. A semelhança para por aí, pois, no lado oposto, um dispositivo luminoso, com duas lâmpadas indica a movimentação de veículos no local. A luz verde informa que estão adentrando à mina, e a vermelha, a saída.


quarta-feira, 18 de novembro de 2009


Por: Thuane Daébs

Faltam 18 dias para a 15° Conferência das Partes e não podemos deixar o nosso presidente esquecer as metas a serem levadas a Copenhague e postas em prática pelo Brasil. Foi para pedir ao presidente Lula que o Greenpeace colocou um “orelhão itinerante” em algumas cidades, inclusive aqui em Salvador, para as pessoas ligarem para o gabinete do Lula e pedirem que ele se comprometa a reduzir a zero o desmatamento na Amazônia, a transformar 25% das nossas energias em renováveis e a proteger pelo menos 30% da nossa costa marinha. Além do gabinete do Presidente da República, disparamos ligações para a embaixada dos Estados Unidos no Brasil, para pedir que o Obama também vá pessoalmente a esta reunião de suma importância para o nosso futuro quanto às questões climáticas. Essa atividade começou dia 16 e se encerra amanhã, dia 19, mas não quer dizer que você só possa ligar até amanhã. A reunião só começa dia 7 de Dezembro, vamos ligar para o presidente até lá e pedir mais comprometimento com as metas.
Se você ainda não ligou, ligue.

Gabinete Pessoal do Presidente da República
Chefe do Gabinete Pessoal: Gilberto Carvalho
(61) 3411-1200 / (61) 3411-1201

Assessoria Especial do Gabinete Pessoal do Presidente
Assessor: Selvino Heck
(61) 3411-2403 / (61) 3411-2182

A mensagem é:
Presidente Lula,
1. Vá para Copenhague salvar o clima!
2. Quero desmatamento zero até 2015.
3. Queremos mais energias renováveis
4. Quero mais proteção dos oceanos.

Postado por Thuane Daébs

sábado, 14 de novembro de 2009


Por Daniele Miranda e Vinicius Brandão

Estivemos na II Semana de Biologia de Barreiras na última segunda feira. Falamos para mais de 150 ouvintes sobre "O mundo do consumo e o Universo da Conservação". Mostramos como o Greenpeace está inserido no plano de consumo, elaborando guias e relatórios que nos ajudam a discernir sobre empresas que agridem ou não o meio ambiente. Transgênicos, relatório de gado, lista de espécies de peixes ameaçados, dentre outros temas, foram discutidos com os acadêmicos que concordaram que para Salvar o Planeta, também precisamos rever o nosso modo de consumo.

Postado por Thuane Daébs

terça-feira, 10 de novembro de 2009


A ONU (Organização das Nações Unidas) cobrou do governo brasileiro nesta quinta-feira uma meta clara de corte das emissões dos gases-estufa, informa reportagem de Roberto Dias, de Barcelona, para a Folha.Através de seu principal diplomata para questões de clima, Yvo de Boer, a ONU pediu também que o país apresente o número antes da conferência do clima, no mês de dezembro, em Copenhague. A cobrança ocorre dois dias após o Brasil sinalizar que pode não apresentar um compromisso de redução para a conferência. Para De Boer, a estratégia brasileira de mudança climática já pode ser quantificada. O único consenso no governo até o momento é em reduzir o desmatamento na Amazônia em 80% até 2020. Já há estudos feitos sobre como atingir a meta sem afetar o crescimento do país, mas o governo continua dividido. Para a Indústria, o Brasil deveria definir metas para a redução da emissão de gases de efeito estufa só após a reunião da Conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague, marcada para dezembro. "A meta não é fundamental para Copenhague, a meta é fundamental para depois. Quando entrar em um jogo que eu sei qual são as regras, aí eu tenho que traçar meus objetivos. Nossa estratégia em relação ao clima, ela não termina em Copenhague, ela começa lá", afirmou o diretor-executivo da CNI (Confederação Nacional da Indústria), José Augusto Fernandes, nesta quinta-feira (5).

O que está claro para nós ambientalistas é a interferência das grandes empresas na formulação das metas de cortes do programa de redução das emissões de gases do efeito estufa brasileiro. A situação é preocupante com a proximidade da reunião de Copenhague, a idéia de o Brasil não apresentar suas metas para a próxima reunião é absurda e pode acarretar em diversos fatores negativos, como por exemplo o recuo das outras Nações perante a assinatura de um novo tratado.
A ministra Dilma Roussef já sinalizou que a meta de redução do desmatamento deve ficar em 80% , o que já significa uma perda muito grande com relação aos 100% que o Greenpeace sinalizava como ideal.
O próximos capítulos dessa novela prometem boas discussões, não podemos ficar apenas de braços cruzados, temos que ir as ruas e lutar pelo que é nosso que um diria serão de nossos filhos! Seja um cidadão consciente, exija o cumprimento dos seus direitos.

Por: Leonardos Matos
Fonte: Folha Online

sexta-feira, 6 de novembro de 2009


Por: Elissama Oliveira e Júlio César

Estivemos na Escola Municipal da Engomadeira ontem (05/11) das 19:00 as 21:20 para falarmos um pouco de clima e das demandas do Greenpeace para o meio ambiente. A acessibilidade e a falta de informações a respeito da comunidade, principalmente em relação à segurança, impedem a atuação do grupo em comunidades carentes. Carentes principalmente de informação. Levar as informações da Organização, mostrar o quanto eles estão sendo atingidos e o quanto são responsáveis pelas mudanças climáticas é mais que uma vontade, é um dever.
O caminho pode até ser perigoso, cansativo e complicado, mas a sensação de missão cumprida e de que realmente somos importantes para alguns é mais que suficiente para desconsiderar esses problemas.
Saimos de lá com a certeza de que mudanças aconteceram. Mudanças na postura política, critica e responsável para com o meio ambiente. Saimos de lá com a certeza maior de que somos privilegiados por possuir informações ignoradas por uma grande maioria e que cabe a nós as socializar, tornando possível as ações efetivas, saindo da comodidade das ‘boas intenções’. Sentimo-nos maravilhados em passar informações para mais de 70 pessoas com idades entre 40 e 70 anos, todos com garra e vontade de aprender mais sobre essa questão tão distante para eles que é meio ambiente e ao mesmo tempo essencial para essas pessoas que estão ali para ter mais uma chance de estudar. Era lindo ver os olhares de curiosidade e dúvidas e que realmente aquilo era provocado por nós seres humanos. Infelizmente, muitas informações não chegam a essas pessoas humildes e o nosso papel na sociedade nos leva a conscientizar e mostrar a realidade do nosso país e do nosso planeta.
Parabéns professores da escola Engomadeira e obrigado por ter nos recebido de braços abertos.

Postado por: Júlio César

quarta-feira, 4 de novembro de 2009


Postado por: Julio César


Hoje, o Greenpeace está em luto pelo sepultamento de mais uma vítima de leucemia - doença que pode ser relacionada à radiação e ingestão de urânio - em Caetité. Dona Dulce, que era professora, ingeriu água do poço onde foi encontrada contaminação por urânio durante anos. Disse ela, na reportagem da Record: “Você sabe que o problema lá (se referindo à INB)” é sério, né? Nós sabemos!”, demonstrando saber da série de problemas e impactos que a mineração de urânio traz para região e principalmente para as comunidades do entorno, onde ela residia.

Dona Dulce teve que buscar tratamento em São Paulo, pois na região não há nenhum suporte para esse tipo de problemas de saúde. Assim como ela, seu Chico, ex-funcionário da INB, também vítima de leucemia, precisa se deslocar até Maceió para poder se tratar. Todo o gasto com deslocamento e medicamentos ficam por sua conta, já que não recebe nenhum auxílio da empresa nem do poder público. Por causa de sua doença, não consegue obter emprego para pagar essas contas, dificultando seu acesso ao tratamento.

O grau de incidência de câncer e doenças relacionadas à radiação em Caetité, segundo relatos locais, é preocupante. O não registro dos enfermos no local, que precisam se tratar em outras áreas, o registro do óbito como causa indeterminada ou como pneumonia, por exemplo, para vítimas de neoplasias, faz com que estudos meramente documentais como realizados pela Fiotec, não consigam trazer-nos uma conclusão abrangente.

Um estudo epidemiológico amplo e independente é uma condicionante do licenciamento da INB, que até hoje funciona sem que esse estudo tenha sido realizado. Água continua sendo consumida sem estudos amplos que comprovem sua qualidade, colocando em risco a vida da população do entorno da mina e o meio ambiente. Quantas famílias mais necessitarão sofrer a perda de um ente querido para que o governo trate essa questão com responsabilidade?


André Amaral.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009


Por Thuane Daébs
Ontem (31/10) acontecia no Palacete das Artes em Salvador a exposição “Auguste Rodin, homem e gênio”, evento dentro da programação “Ano da França no Brasil” e patrocinado pela Areva, estatal francesa que desenvolve os reatores nucleares. Em protesto à energia nuclear e para levar a mensagem “França, nuclear aqui NÃO” nossos voluntários seguraram 6 placas com imagens do acidente em Chernobyl em frente à fila de pessoas que aguardavam para ver a exposição. Apesar de Chernobyl ter sido o maior acidente nuclear já ocorrido, não precisávamos ir tão longe. Em Caetité, cidade a mais de 700 km de Salvador, foi constatada pelo Greenpeace no ano passado a contaminação da água com uma concentração de urânio sete vezes maior que a permitida devido à mineração de urânio pela INB, Indústrias Nucleares do Brasil. Semana passada alguns voluntários daqui de Salvador estiveram lá e puderam ver de perto a realidade da comunidade que vive próxima e exposta à mineração. Não podemos esquecer também que a rota do urânio passa dentro da nossa cidade. Aliás, todo o programa nuclear do Brasil começa aqui na Bahia. Isto não é um privilégio.
Por causa destes e de muitos outros motivos que tornam a energia nuclear inviável, o Greenpeace é contra esta energia suja, cara e perigosa.


Saiba mais...

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