Por : Natália Falcón

As coisas não deixam de existir quando as jogamos fora. Todos sabem disso, mas raros se comportam como se realmente soubessem. O nível do consumismo contemporâneo é insustentável, produz impactos alarmantes sobre o meio ambiente, e muitas vezes pode até vir a ser uma patologia comportamental. A sociedade precisa de novas características, novos hábitos, novos comportamentos, precisa mais do que reciclar, precisa se reciclar.

A publicidade ainda impera de um modo negativo, o consumo é cada vez mais incentivado e as práticas ecologicamente corretas as vezes não passam de modinha, e até as famosas ecobags, aquelas sacolas de tecido orgânico que deveriam ser usadas no lugar sacos plásticos, bem ou mal, viraram alvo do consumo, e não apenas para carregar compras. Outro dia na fila presenciei uma mulher comprando uma, porque segundo ela, não tinha daquela, e ela embalou todas as compras em sacos plásticos.

A reciclagem e a reutilização ainda são praticadas de modo ínfimo perto do índice de consumo, mas estas são alternativas simples, ao alcance de todos e que contribuem diretamente para a conservação do meio ambiente. A produção de lixo vem aumentando e a reciclagem não acompanha o mesmo processo. A responsabilidade ambiental deve andar junto com a publicidade, vamos disseminar a consciência ecológica. É possível consumir sem ser consumido.