Por: Thuane Daébs
Se pensarmos na degradação dos oceanos, logo pensamos em nossas praias. O fato de morarmos em uma cidade litorânea, e o mar ser um cenário presente em nossas vidas, torna-se menos difícil falar e entender a importância de se proteger os oceanos, já que, muitas de nossas atividades, têm interferência direta neles.
Quando a energia nuclear está em foco, lembramos que a carga de urânio atravessa a nossa cidade nos expondo ao risco de uma contaminação, tendo em vista a qualidade e segurança das estradas. Com a mineração de urânio em Caetité fica ainda mais forte a ligação que nós, baianos, temos com essa energia suja, cara e perigosa.
Falar de alimentos transgênicos é ainda mais pratico por eles estarem em toda parte. Se não cuidarmos, alem do milho e da soja, teremos também em nossos pratos o arroz. Uma das maneiras de evitar que isso aconteça é boicotando qualquer alimentação que contenha ingredientes transgênicos.
Quanto a energias renováveis, em março deste ano, tivemos a ótima notícia de que o 1° parque eólico da Bahia será em Caetité, mesma cidade de onde é extraído o urânio para abastecer Angra 1 e 2. Um grande passo rumo a [r]evolução energética.
O que muitos não sabem é como, daqui de Salvador, nós temos contribuído para o desmatamento na Amazônia, ou o que podemos fazer para diminuí-lo, afinal de contas, estamos a quase três mil kilometros de distancia de lá.
Segundo o relatório do Greenpeace “A Farra do Boi na Amazônia”, a pecuária é responsável por cerca de 80% do desmatamento da Amazônia. Se você ainda não entendeu o que isso significa, lembre-se que não há um sistema de rastreamento deste produto e até o lançamento deste relatório a Wall Mart era abastecida com a carne vinda de áreas desmatadas (a partir de então,a empresa suspendeu a compra da carne de fazendas do Pará até que o sistema de rastreamento seja implantado). Portanto, é bem provável que aquele churrasquinho do domingo tenha contribuído para colocar o Brasil no ranking dos maiores emissores de gases do efeito estufa. A intenção do Greenpeace ao expor este problema não é pedir às pessoas que se tornem vegetarianas. Desejamos que você, consumidor, recuse a carne vinda dessas áreas, exija que o supermercado exiba dados que esclareçam a origem da carne. Desejamos também que você possa adquirir o hábito de um consumo consciente, entenda que o consumo exagerado de carne faz tanto mal à sua saúde quanto à saúde do Planeta. Escolha um dia da semana para deixar a carne de lado, por exemplo. São medidas simples e pequenas com efeitos positivamente enormes.