Por Natália Falcón


É no mínimo curioso o comportamento que se observa nas pessoas, que não vivem na região Norte ou em suas proximidades, quando o assunto tratado é a preservação da Amazônia, a maioria apresenta uma expressão de total indiferença e por mais que balancem a cabeça concordando quando o tópico é a proteção da maior floresta tropical do mundo, a expressão indiferente permanece e a atitude tomada não passa do ’’temos que fazer alguma coisa!’’.


A floresta Amazônica é um tesouro de imensa biodiversidade, e ainda assim a idéia de sua preservação encontra bastante dificuldade para se difundir em locais distantes a ela. Por que nós não temos um sentimento de posse da Amazônia? Por que consideramos tão distante um problema tão real?


Talvez por resultado da manipulação em busca de interesses (leia-se dinheiro) por parte de toda uma mídia política que valoriza o verde errado (leia-se dinheiro), o que deveria ser uma prioridade global se torna algo alheio à maioria das pessoas, e a busca de soluções para o desenvolvimento e proteção do bioma é motivo de justa preocupação para uma minoria. Sendo assim a forma insustentável e predatória com que a floresta é tratada permanece vigente.


É necessária uma percepção da Amazônia como nossa propriedade (o que ela realmente é!), e quem sabe só assim poderemos realmente contornar o que hoje está tão impregnado; a idéia de que a destruição da floresta Amazônica é algo alheio a nossa vida, e poderemos então ter uma gestão responsável da Amazônia, com cobranças e cumprimento de leis e responsabilidades. Mais do que algo ilegal para legislação, destruir uma floresta é algo imoral, mas estando a ética e a moral em extinção, a nossa imensa biodiversidade também estará.