Por: Natália Falcón



Essa vai diretamente para os moradores de Salvador, para alertar (os poucos que ainda não se alarmaram) da triste situação (para não falar calamitosa), em que se encontram os resquícios de Mata Atlântica, uma das mais importantes áreas ambientais da cidade, situada na Avenida Paralela.

A tão esperada proteção integral da área que viria da revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) há muito foi frustrada, e as perspectivas não são animadoras nem para os mais otimistas, nada mais foi dito sobre a preservação do bioma, a mentalidade vigente (principalmente a do secretário de planejamento do atual prefeito) é a de uma avenida, cuja área é propicia a expansão urbana, e consideram a questão ambiental nada mais que um entrave para o desenvolvimento, o que renega o papel de segundo plano para a mata, que dá lugar a cada vez mais empreendimentos mobiliários, que continuam sendo autorizados.

A área abriga diversas espécies, muitas em extinção, da fauna e da flora, e as construções estão disputando o espaço com esses exemplares (jibóias, barbeiros, lagartos etc.) que estão invadindo prédios e ameaçando diretamente o bem-estar de pessoas que indiretamente colaboraram com destruição do habitat desses animais.

Cerca de 90% da formação original da Mata Atlântica já foi devastada, e seus vários estágios em regeneração cuja proteção deveria ser diferenciada, não contam com proteção alguma, o que está acontecendo é para o proveito único das construtoras, e extremamente danoso para a cidade. Com a preservação das áreas verdes quem tem a ganhar é a coletividade, e para os que crêem na sustentabilidade, o futuro agradece.